O risco de AVC e infarto está associado a vários fatores que podem ser controlados ao longo da vida, como sedentarismo e má alimentação. Também é possível identificar os sinais de alerta para procurar ajuda médica o mais rápido possível
O infarto e o AVC são duas das doenças cardiovasculares que mais causam morte no mundo.
Em 2022, houve cerca de 17 milhões de casos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o número de óbitos variou entre 300 mil e 400 mil.
Apesar de ambos estarem ligados ao sistema circulatório, eles afetam órgãos diferentes. Enquanto o infarto ocorre no coração, o AVC atinge o cérebro.
Essas condições podem ocorrer de forma repentina, mas os fatores de risco de AVC e infarto geralmente se acumulam ao longo do tempo, e incluem hipertensão, colesterol alto e tabagismo.
Além disso, antes desses eventos acontecerem, o corpo pode manifestar sinais de alerta, o que permite tomar medidas preventivas.
De forma geral, os sinais servem como alerta, adotar hábitos saudáveis e realizar acompanhamento médico são atitudes essenciais para reduzir o risco de AVC e infarto.
O que é o infarto e como ele acontece?
O infarto agudo do miocárdio ocorre quando as artérias coronárias estão bloqueadas, ou “entupidas”, o que interrompe o fluxo de sangue para o coração.
Esse bloqueio pode ocorrer por causa da aterosclerose, um acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias, ou pela presença de coágulos sanguíneos, que são formados em resposta à ruptura de placas ateroscleróticas.
Isso impede a chegada de oxigênio ao músculo cardíaco e, sem oxigênio, as células do coração começam a morrer, o que gera danos permanentes.
Os principais sintomas incluem dor ou aperto no peito, que pode irradiar para o braço esquerdo, costas, pescoço ou mandíbula. Outros sinais comuns são falta de ar, suor excessivo, náuseas e tontura.
O que é AVC e como se diferencia do infarto?
O acidente vascular cerebral (AVC), também chamado de derrame cerebral, ocorre quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é interrompido.
Isso pode acontecer por causa de uma obstrução nas vias sanguíneas que abastecem o cérebro, seja por uma embolia ou trombose. O AVC isquêmico, como é chamado este tipo de evento, é o mais incidente na população.
Mas também há o AVC hemorrágico, que ocorre quando há um rompimento dos vasos sanguíneos do interior do cérebro, que resulta em um sangramento em uma região do tecido cerebral.
Os sintomas mais comuns são perda repentina de força em um lado do corpo, dificuldade para falar ou entender, alteração na visão, tontura e dor de cabeça intensa e repentina.
Como identificar os sinais precoces de AVC e infarto?
Tanto o AVC quanto o infarto podem apresentar sinais de alerta antes do episódio em si. Por isso, você deve aprender a reconhecê-los para conseguir agir rapidamente.
Em relação ao infarto, os sinais podem surgir dias ou semanas antes do evento agudo. Além disso, em alguns casos, a condição pode ocorrer de forma silenciosa, sendo detectada apenas em exames de rotina.
Entre os sintomas iniciais mais comuns estão cansaço excessivo sem causa aparente, dor leve ou desconforto no peito durante esforço físico (angina) ou estresse, palpitações e sensação de falta de ar.
Esses sintomas, por muitas vezes, são confundidos com estresse ou indisposição, o que pode retardar o diagnóstico.
No caso do AVC, alguns sinais de alerta podem aparecer de forma súbita, como formigamento ou fraqueza em um lado do corpo, visão turva ou embaçada, fala arrastada ou dificuldade para compreender o que os outros dizem.
Episódios breves desses sintomas, conhecidos como AITs (acidentes isquêmicos transitórios), são considerados um aviso de que um AVC pode ocorrer em breve.
Aliás, segundo um artigo publicado pela Universidade Federal de Minas Gerais, 90% dos casos de AVC poderiam ter sido evitados.
Por isso, reconhecer esses sintomas é fundamental para buscar atendimento médico imediato e, assim, aumentar as chances de um tratamento eficaz.
Quais são os fatores de risco do AVC e do infarto?
Para diminuir os riscos de infarto e AVC, é fundamental conhecer as causas associadas a essas condições.
Hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, sedentarismo e obesidade são fatores de risco tanto para o AVC quanto para o infarto.
O consumo excessivo de álcool, o estresse crônico e o histórico familiar também devem ser levados em consideração.
Fatores de risco para o AVC
Entre os principais fatores de risco para o AVC, segundo o Ministério da Saúde, estão:
- Hipertensão arterial crônica;
- Fibrilação atrial e outras arritmias;
- Colesterol alto e diabetes;
- Sobrepeso ou obesidade;
- Idade avançada;
- Sexo masculino;
- Uso excessivo de álcool e drogas;
- Tabagismo;
- Histórico de AVC prévio ou acidente isquêmico transitório (AIT).
A principal causa do AVC hemorrágico é a pressão alta descontrolada, que causa a ruptura das vias sanguíneas. Além disso, outros problemas do coração, sejam congênitos ou não, também estão associados ao evento.
Já em relação ao AVC isquêmico, a obstrução dos vasos sanguíneos ocorre pela formação de placas ou coágulos, portanto, também pode ser causado por condições que afetam a coagulação sanguínea.
Fatores de risco para o infarto
O infarto pode ocorrer em homens e mulheres de qualquer idade, contudo, após os 55 anos, os riscos são maiores. Veja abaixo outros fatores de risco associados:
- Colesterol alto;
- Má alimentação;
- Hipertensão arterial;
- Tabagismo;
- Diabetes tipo 2;
- Histórico familiar;
- Sedentarismo e obesidade;
A hipertensão e a diabetes, além de serem fatores de risco de infarto, também podem ser causadas pelos outros fatores citados acima. Inclusive, de acordo com o Ministério da Saúde, diabéticos e hipertensos têm até 4 vezes mais chances de sofrer um infarto.
Como prevenir e monitorar os riscos de AVC e infarto?
Pequenas mudanças na rotina e o acompanhamento médico adequado, em muitos casos, são o suficiente para reduzir as chances desses eventos.
A primeira medida é adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios e não fumar.
Dietas ricas em frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e oleaginosas, como a mediterrânea, ajudam a controlar o colesterol, o açúcar no sangue e o peso corporal.
É importante reduzir o consumo de gorduras saturadas, sal e açúcar, além de evitar alimentos ultraprocessados.
Caminhadas diárias, natação, musculação ou qualquer exercício que mantenha o corpo em movimento colabora com a saúde cardiovascular e cerebral. O ideal é manter pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana.
Parar de fumar é uma medida essencial, porque o hábito danifica as paredes das artérias, aumenta a pressão arterial e reduz a oxigenação do sangue.
O mesmo vale para o consumo excessivo de álcool, que pode desregular o funcionamento do coração e do sistema circulatório.
Controlar doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, também é essencial, já que aumentam os riscos de desenvolver essas doenças.
Evitar o estresse, manter um peso saudável e dormir bem também são medidas que contribuem para a prevenção dessas doenças.

Qual exame detecta risco de AVC e infarto?
Realizar exames periódicos, como dosagem de colesterol e glicemia, ajuda a acompanhar a saúde cardiovascular.
Exames como eletrocardiograma, ecocardiograma e teste de esforço também são importantes para avaliar a função cardíaca.
No caso do AVC, exames como doppler de carótidas e ressonância magnética de crânio e tomografia computadorizada podem identificar alterações na circulação cerebral.
Além disso, serviços especializados, como os oferecidos por centros de pesquisa e prevenção, ampliam o acesso a diagnóstico precoce e a tratamentos modernos.
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