A lipoproteína (a), também conhecida como Lp(a), tem sido cada vez mais reconhecida como um fator de risco para doenças cardiovasculares. Esta molécula, pouco conhecida do público em geral, pode ter um impacto significativo na saúde cardiovascular.
Mas quais são os riscos para o coração? Como proteger sua saúde?
Neste artigo, o CIPES esclarece essas questões com base em evidências científicas e recomendações médicas. Acompanhe a leitura do conteúdo!
O que é lipoproteína (a)?
As lipoproteínas são partículas responsáveis pelo transporte de gorduras (lipídeos) na corrente sanguínea. Quando há alterações nesses níveis, a condição é conhecida como dislipidemia.
As mais conhecidas são a de baixa densidade (LDL), popularmente chamada de “colesterol ruim” e a de alta densidade (HDL), conhecida como “colesterol bom”.
Já a Lp(a) é composta por uma partícula de LDL (colesterol ruim) ligada a uma proteína chamada Apo(a). Seus níveis no sangue são, em grande parte, determinados pela genética.
Quando a Lp(a) está elevada, isso indica uma predisposição genética para o aumento dessa partícula, o que pode estar associado a um risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares.
Individualmente, ou seja, por partícula, a Lp(a) pode ser seis vezes mais aterogênica do que o LDL, entretanto, isso não se traduz em um risco seis vezes maior do que alguém que tem uma Lp(a) normal.
Por exemplo: se duas pessoas estão com LDL bem controlado, aquele que tiver uma Lp(a) acima de 50 pode ter até 40% a mais de risco de eventos cardiovasculares.
Dessa forma, tanto a medição do LDL-colesterol quanto a da Lp(a) são usadas na avaliação do risco cardiovascular, sendo que a Lp(a) pode oferecer informações adicionais relevantes em determinados casos.
Por fim, um dos desafios da lipoproteína (a) é que, na maioria das vezes, não há sintomas perceptíveis. Isso significa que muitas pessoas podem conviver com esse fator de risco sem ter conhecimento.
Por isso, a detecção precoce e o acompanhamento contínuo dos níveis de Lp(a) são importantes para reduzir o risco de complicações cardiovasculares graves.
O que pode ser esse aumento da Lp(a)?
Entre 80% e 90% dos níveis de lipoproteína (a) são determinados pela genética, tornando a hereditariedade o principal fator influente. No entanto, alguns aspectos podem provocar pequenas variações, como:
- Sexo: mulheres podem apresentar um leve aumento nos níveis de Lp(a) após a menopausa;
- Medicamentos e terapias de reposição hormonal: certos fármacos e abordagens podem elevar os níveis dessa lipoproteína;
- Doenças: problemas renais também podem contribuir para um aumento da Lp(a).
Pesquisas populacionais indicam que a lipoproteína (a) no sangue está relacionada a um risco maior de doenças cardiovasculares, devido às suas propriedades inflamatórias e trombóticas.
Assim, altos níveis de Lp(a) podem aumentar o risco de desenvolver condições como:
- Aterosclerose e doença arterial coronariana: respectivamente, significam acúmulo de placas de gordura nas artérias, favorecendo infartos e AVCs, e estreitamento das artérias responsáveis por irrigar o coração.
Viver com níveis elevados de lipoproteína (a) pode ser um desafio silencioso, já que na maioria dos casos, não há sinais perceptíveis. Contudo, os impactos na saúde são relevantes, aumentando o risco de complicações sérias.
A pesquisa clínica tem um papel essencial na busca por tratamentos eficazes, ajudando a reduzir tais riscos.
O que fazer para ter um diagnóstico?
Como dito, a maioria dos indivíduos com lipoproteína (a) muito alta não apresenta sintomas e só descobre a condição se fizer um exame específico, pois os testes de colesterol comuns não a identificam.

Como é feito o exame?
O teste é simples e envolve a coleta de sangue de uma veia do braço, sem necessidade de jejum ou preparo especial.
Todavia, para evitar resultados imprecisos, o exame não deve ser realizado se a pessoa estiver com febre, infecção, perda de peso recente, gravidez ou ferimentos graves.
Resultados
No geral, a lipoproteína (a) é considerada quando os níveis ultrapassam 50 mg/dL (500 mg/L) ou 120 nmol/L, dependendo da unidade usada pelo laboratório.
Como baixar os níveis elevados?
Se for diagnosticada a Lp(a) em níveis elevados, é essencial conversar com seu médico sobre os próximos passos, que podem incluir acompanhamento com um cardiologista.
Quanto mais cedo for identificada, é possível adotar hábitos saudáveis para reduzir os riscos.
Como cuidar da saúde com Lp(a) elevada?
- Informe-se: conhecer mais sobre lipoproteína e seus impactos ajuda a lidar melhor com a condição. Converse com seu médico sobre o assunto;
- Adote um estilo de vida saudável: mantenha uma alimentação equilibrada com gorduras boas e pouco açúcar, pratique pelo menos 30 minutos de atividade física diária, evite fumar e o consumo excessivo de álcool e controle colesterol, pressão arterial e glicemia com acompanhamento médico.
Lipoproteína (a): tratamento e pesquisa clínica
Atualmente, não existem tratamentos específicos para reduzir a Lp(a), mas estudos estão em andamento para desenvolver terapias que possam modular seus níveis e reduzir o risco cardiovascular.
No CIPES, conduzimos estudos que buscam novas abordagens para o manejo das doenças cardiovasculares e seus fatores de risco, contribuindo para avanços científicos e melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Sobre o CIPES
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