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Insuficiência cardíaca: entenda o que faz descompensar e cuidados para evitar internações

Idoso com insuficiência cardíaca se concentrado para subir escada.

A insuficiência cardíaca pode evoluir para um quadro de descompensação quando o coração não consegue desempenhar suas funções de forma adequada, o que exige intervenção médica imediata.

A insuficiência cardíaca é uma condição crônica que compromete a capacidade do coração de bombear sangue adequadamente. 

Embora muitos pacientes consigam manter o quadro estável com acompanhamento médico regular, a descompensação ainda é um risco e pode exigir a hospitalização.

Entre os fatores que podem descompensar a insuficiência cardíaca estão:

  • Ingestão excessiva de sal;
  • Abandono de medicamentos prescritos;
  • Infecções;
  • Arritmias;
  • Pressão alta descontrolada, entre outros. 

Diante disso, o corpo manifesta sinais, como falta de ar intensa, inchaços e fadiga acentuada. Saber identificar esses sintomas precocemente é essencial para evitar complicações mais graves.

Neste artigo, você vai entender melhor o que pode levar à insuficiência cardíaca descompensada, quais são os sintomas de alerta e, principalmente, quais estratégias ajudam a reduzir o risco de hospitalizações.

Boa leitura!

O que é insuficiência cardíaca?

É uma condição crônica em que o coração não consegue bombear sangue de forma eficiente para o corpo. Esse comprometimento pode afetar tanto o lado esquerdo quanto o lado direito.

Esse enfraquecimento pode ocorrer de forma gradual ou surgir após eventos como infarto, hipertensão mal controlada ou doenças das válvulas cardíacas. 

Com o tempo, o acúmulo de sangue e líquidos nos pulmões, pernas e abdômen, assim como a diminuição do fornecimento de oxigênio, torna os sintomas mais evidentes.

Por ser uma condição crônica, a insuficiência cardíaca exige acompanhamento médico contínuo. 

Quando controlada adequadamente, é possível manter a qualidade de vida e evitar episódios de descompensação, que levam a quadros de hospitalização.

Mas essa condição não significa que o coração parou de funcionar, e sim que sua capacidade de atender às necessidades do organismo está reduzida.

Existem 2 tipos de insuficiência cardíaca principais:

Insuficiência cardíaca sistólica

Ocorre quando o músculo cardíaco não consegue se contrair com força suficiente, o que reduz a quantidade de sangue que o coração consegue ejetar em cada batimento.

Insuficiência cardíaca diastólica

Nesse caso, o coração não consegue se encher de sangue de maneira adequada, geralmente por causa da rigidez do músculo cardíaco, o que limita seu relaxamento entre os batimentos.

O que causa a descompensação da insuficiência cardíaca?

A insuficiência cardíaca descompensada (ICD) acontece quando há uma piora súbita ou progressiva dos sintomas da doença, a ponto de exigir atendimento de urgência ou internação. 

Esse agravamento ocorre quando o coração, já comprometido, enfrenta algum fator adicional que aumenta a sobrecarga e reduz ainda mais sua capacidade.

Vários fatores podem levar à descompensação e, por muitas vezes, resulta de uma combinação deles, o que dificulta o controle do quadro clínico.

Entre as causas cardiovasculares, podemos citar as síndromes coronarianas agudas, hipertensão arterial não controlada e arritmias que interferem na eficiência da função cardíaca.

A descompensação também pode ser provocada por outras condições que não estão relacionadas diretamente com o coração, como infecções, anemia, diabetes, hipoxemia, disfunções da tireoide e até mesmo pela gravidez.

Além destes, a ingestão de certas substâncias podem desencadear o problema, como o consumo de sal, líquidos, álcool ou drogas ilícitas.

Alguns tipos de medicamentos também podem interferir na função cardíaca, como anti-inflamatórios, corticoides, diltiazem, verapamil, antiarrítmicos.

E, claro, a falta de adesão ao tratamento para insuficiência cardíaca ou sua interrupção podem promover a descompensação.

Quais são os sintomas de insuficiência cardíaca?

Durante uma crise de descompensação, os sintomas da insuficiência cardíaca se intensificam, que incluem falta de ar, inchaço pelo corpo, cansaço acentuado e tosse com secreção espumosa. 

Insuficiência cardíaca: principais sinais desta condição: Inchaço nos pés e pernas; Barriga inchada; Falta de apetite; Tosse frequente, principalmente ao deitar-se; Coração acelerado ou palpitações; Suor frio; Pele pálida.

Esse quadro precisa de avaliação médica imediata para evitar complicações maiores, como o edema agudo de pulmão ou o choque cardiogênico.

Por isso, é fundamental identificar precocemente os sinais de piora e manter o plano de tratamento sempre atualizado. 

A descompensação, por muitas vezes, pode ser evitada com o acompanhamento adequado, intervenções precoces e o engajamento do paciente nos cuidados diários.

O que uma pessoa com insuficiência cardíaca não pode fazer?

É fundamental que o paciente não se automedique, mesmo com medicamentos aparentemente inofensivos, como anti-inflamatórios, porque podem interferir no funcionamento do coração.

A medida mais importante que o paciente deve tomar é seguir corretamente as orientações médicas de seu tratamento, respeitando os horários e as doses. Qualquer outro medicamento só deve ser usado com prescrição médica.

Evitar o consumo excessivo de sal e líquidos também é essencial, para não causar retenção de líquidos e sobrecarregar o coração, o que favorece o surgimento de edemas e falta de ar. 

Também é importante realizar exercícios físicos somente com a prescrição de um médico e acompanhamento de um educador físico.

Apesar da prática ser recomendada por fortalecer o sistema cardiovascular, a intensidade pode sobrecarregar o coração. Por isso, é necessário ajustar a rotina de atividades para respeitar os limites da sua condição física.

O tabagismo e o consumo de álcool também devem ser evitados, assim como o sobrepeso, porque podem levar a um quadro de descompensação.

Quais são os tratamentos para insuficiência cardíaca?

A insuficiência cardíaca não tem cura, contudo, é possível estabilizar a condição e reduzir a necessidade de internações.

O tratamento consiste em controlar os sintomas, retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida.

A escolha da abordagem depende da gravidade do quadro e da resposta individual de cada paciente.

Remédio para insuficiência cardíaca

Quatro classes de medicamentos são essenciais para aumentar a sobrecarga do paciente com insuficiência cardíaca 

  • 1 Sacubitril-Valsartana/ Inibidores de ECA: Ajudam a reduzir a resistência dos vasos sanguíneos e facilitam o trabalho do coração;
  • 2 Betabloqueadores;
  • Antagonistas de mineralocorticoides como Espironolactona e Eplerenona.

Quatro classes de drogas são essenciais para aumentar a sobrevida (anos de vida) de um paciente com insuficiência cardíaca.

  1. Bloqueadores do sistema Renina-Angiotensina como Enalapril ou Bloqueadores associados a inibidores de Neprilisina como Sacubitril-Valsartna, esta classe reduz a resistência dos vasos sanguíneos e ajuda a facilitar o bombear do coração.
  2. Betabloqueadores reduzem os batimentos cardíacos e promovem redução da sobrecarga do coração. Exemplo: Carvedilol, Bisoprolol ou Succinato de Metropolol;
  3. Antagonista mineralocorticoides como Espironolactona ou Eplerenona que bloqueiam a ação da aldosterona hormônio responsável por regular a pressão arterial;
  4. Inibidores de SGLT2 medicação recentemente descoberta para o tratamento da insuficiência cardíaca e que aumenta a sobrevida e reduz hospitalizados.

Além dessas medicações o uso de:

  1. Diuréticos: é essencial para manter o paciente sem congestão, sem acúmulo de líquidos no corpo.

Estilo de vida 

Além dos medicamentos, adequar a dieta é fundamental para evitar a retenção de líquidos e manter a pressão arterial estabilizada.

Evitar o cigarro, o álcool e manter um padrão de sono saudável também são importantes para fortalecer o sistema cardiovascular e reduzir o risco de descompensações.

A atividade física também é recomendada, contudo, desde que realizada sob supervisão. Exercícios aeróbicos leves, como caminhadas, melhoram a tolerância ao esforço e o bem-estar geral.

Ressincronização cardíaca 

Nos casos em que o tratamento medicamentoso não é suficiente, pode haver indicação de dispositivos cardíacos. 

O marcapasso é utilizado para corrigir arritmias e garantir a regularidade dos batimentos. 

Já o ressincronizador cardíaco, um tipo avançado de marcapasso, ajuda a coordenar os batimentos entre os ventrículos, o que melhora a eficiência do bombeamento.

Dispositivo de assistência ventricular

Em situações mais graves, o uso de dispositivos de assistência ventricular (DAV) pode ser indicado para ajudar o coração a bombear sangue de maneira eficaz, seja como suporte temporário ou como medida permanente. 

Transplante de coração

Quando os medicamentos para insuficiência cardíaca e os dispositivos não promoverem o efeito desejado, e o quadro clínico evoluir para uma condição mais grave, o transplante cardíaco deve ser considerado.

Essa opção deve ser discutida com a equipe médica, para avaliar a elegibilidade do paciente e os riscos e os benefícios do procedimento.

Antes do transplante, é necessário que o paciente fala algumas avaliações, como:

  • Exames de sangue para verificar a função do fígado e dos rins, além de testar a compatibilidade sanguínea.
  • Exames de imagem, como ecocardiogramas ou ressonâncias magnéticas, para avaliar a função cardíaca e a estrutura do coração.
  • Avaliação psicológica para assegurar que o paciente está preparado emocionalmente para o processo de transplante.

Leia também sobre:

Quais exames são capazes de identificar a insuficiência cardíaca? 

Quando buscar ajuda médica para insuficiência cardíaca?

A IC exige cuidados contínuos para prevenir a descompensação e, por consequência, internações. 

Por isso, os pacientes precisam estar atentos a sinais que indiquem piora do quadro e, o mais importante, reconhecer precocemente os sintomas de descompensação.

Mesmo fora das crises, é essencial manter o acompanhamento com o cardiologista e seguir as orientações.

Consultas regulares, exames de controle e revisão dos medicamentos fazem parte da rotina de quem convive com a insuficiência cardíaca.

Além disso, a participação em estudos clínicos sobre insuficiência cardíaca pode ser uma oportunidade para alguns pacientes. 

Esses estudos oferecem acesso a terapias inovadoras, monitoramento contínuo e acompanhamento especializado, o que contribui não apenas com o tratamento individual, mas também com o avanço da medicina e da ciência. 

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Além da pesquisa de insuficiência cardíaca que aborda a doença de forma mais ampla, há outros estudos em andamento que você também pode participar: 

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